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O fast food como característica da modernidade O sistema industrial de alimentos desde os anos 1970 se impõe como o regime alimentar predominante no Brasil. Rosa Wanda Diez Garcia, nutricionista, avalia que fast food é “uma resposta do mercado ‘capitalista’ que diz respeito a oferecer comida + tempo e ‘familiaridade’ global”. Analisa ainda que “as condições geradas pelo modo de vida urbano implicam a relação do sujeito com as experiências diferenciadas de tempo/espaço e com a diversidade, características deste meio, que se refletem no modo de comer e de se relacionar com a alimentação, provocando alterações no padrão alimentar”. O setor de alimentação fast food passa a caracterizar a modernidade, pois o ato de comer ganha, a partir dele, funcionalidade e mobilidade, não se identificando mais com o território, pois se adapta às circunstâncias que a mundialidade impõe. As empresas nacionais de fast food também não se importam mais com os antigos costumes alimentares nacionais, não há mais oposição nacional-internacional no setor dos alimentos, eles se misturam formando um todo mundial. As pessoas realmente aderiram a esse novo estilo de comer, sem oferecer resistência ao “comer formatado” com o fast food, sendo um espaço símbolo da supermodernidade. Ao se observar a realidade brasileira, percebe-se maior adesão ao consumo de alimentos prontos ou semiprontos, em detrimento da chamada “comida caseira”. É assim que os fast food se disseminaram e hoje fazem parte dos nossos hábitos de alimentação. Fazer refeições fora de casa, comer em pé rapidamente, abandonar o “arroz com feijão” e adotar o hambúrguer eram hábitos inconcebíveis para o brasileiro, porém esta nova realidade se instalou no País.
O modo de vida urbano é o centro dessas mudanças. As condições geradas pela vida cotidiana, implicam a relação do sujeito com as experiências de tempo/espaço e diversidade, características deste meio, que se refletem no modo de comer e de se