Peças teatrais
No subúrbio do Rio de Janeiro, no dia 29 de Abril de 1925 nascia à filha mais velha de quatro irmãs, Juliana Neves. O dia de seu nascimento foi um dia chuvoso e não houve alegria.
Filha de pais pobres, a menina não podia estudar, pois tinha que cuidar das irmãs e da casa para ajudar nas economias. Juliana queria ser alguém na vida, mas nunca foi incentivada.
JULIANA – Quero estudar, para poder dar uma condição melhor de vida para as minhas irmãs, e meus futuros filhos.
Aos 12 anos perdeu seus pais em um incêndio, mas conseguiu salvar as irmãs. Porém ficou sozinha precisando cuidar de três crianças. Para piorar sua situação, ela perdeu a casa, foi morar na rua.
ISABELA – E agora, não temos casa, não temos pais. Você tem que fazer alguma coisa Juliana.
BÁRBARA – Não exija dela o que não vamos conseguir, estamos perdidas. Nunca tivemos nada, mas agora estamos numa situação bem pior.
FRANCIELE – Temos que dar apoio para a Juliana, e ter fé. Tenho certeza que tudo vai dar certo.
ISABELA – Por favor, não vamos imaginar coisas impossíveis. Nós perdemos tudo!
FRANCIELE – Brigar não vai adiantar.
BÁRBARA – Mas eu preciso de roupas novas, não dá pra ficar assim. Não nessa situação.
JULIANA – Meninas, por favor, nós temos que nos ajudar. E agora não podemos pensar em bens materiais. Precisamos de dinheiro para nos manter.
ISABELA – Você tem razão Juliana.
Juliana começou a procurar trabalho, pois além de todas as complicações, uma de suas irmãs, Franciele, a mais nova delas, teve um problema de pulmão e para pagar a cirurgia ela precisaria juntar muito dinheiro.
ISABELA – Juliana, o que vamos fazer agora? Não temos dinheiro nem para comer quanto mais para pagar uma cirurgia cara.
BÁRBARA – Não vamos nos desesperar, agora temos que agarrar a primeira oportunidade que aparecer. Temos que tirar a Franciele dessa.
ISABELA – Nós não temos tempo, para discutir, Franciele está pior a cada dia. E nossa situação também piora a cada instante. Temos