O DEVER DO ADVOGADO Autor: Este trabalho tem o cunho de trazer à baila uma reflexão sobre os deveres éticos e morais em relação ao comportamento de um advogado no exercício da profissão, o texto é baseado em uma carta resposta do digníssimo Doutor Rui Barbosa para um Advogado amigo e correligionário, o Doutor Evaristo de Morais Filho grande apoiador da campanha de Rui Barbosa para presidente da república. O texto em epígrafe é considerado pela crítica de modo geral como um verdadeiro código de ética, pois se trata de um conflito intimo em relação ao exercício da profissão vivenciada pelo Doutor Evaristo, que se deparou com uma situação de defender um antigo amigo dos tempos de escola que estava sendo acusado de praticar um crime de homicídio, sendo que este tinha se tornado um adversário político. Insta frisar, que o temor sofrido por Evaristo era intenso, uma vez que a opinião pública era unanime em relação à culpa do réu e repudiava a sua defesa, de forma que diante desse conflito Evaristo pediu a opinião de Rui Barbosa sobre fazer ou não a defesa, mesmo porque os próprios amigos e partidaristas do acusado o abandonaram. O caso em epígrafe aconteceu no ano de 1911, cujos detalhes foram suprimidos pelo autor por questões éticas, mas tratava de um crime passional, onde a vítima era Luís Lopes da Cruz, capitão de fragata e apoiador político do militar Marechal Hermes da Fonseca, por outro lado o acusado era o médico e intendente municipal, Doutor José Mendes Tavares, tido como mandante do crime que teria sido praticado por Quincas Bombeiro e João da Estiva. A carta escrita por Evaristo tinha como conteúdo principal um pedido de ajuda, para não dizer “socorro” ao amigo Rui, pois considerava este um homem de inteligência sublime, cuja resposta desta carta seria