peça
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Bom dia.
Bom dia.
Como você está?-o paciente abaixa a cabeça e respira fundo,e antes do psicólogo falar algo diz em um sorriso triste:
Já estive melhor.
Desculpe a minha falta de tato, entre por favor. - o paciente entra e senta-se no sofá, o psicólogo então fecha a porta e senta em uma poltrona que fica de frente ao sofá. -Então como foi a sua semana?
Sempre difícil começar uma sessão?- diz o paciente sorrindo.
A primeira sessão sim, porque ainda não conheço bem o senhor e não sei o que acontece, mas depois é simples.
Imagino...
Que tal o senhor falar sobre você mesmo?
Vim aqui pensando que o senhor me ajudaria a saber sobre mim mesmo.
Você é sempre enigmático?
Só com quem ainda não conheço.- o psicólogo ri e o paciente também.
Com quem então você não é enigmático?
Com ninguém.
Você não confia em ninguém?
Como confiar se não conheço ninguém, sempre há um pouco da gente que é escondido por trás de muros e máscaras impenetráveis não?
Sim, mas isso não quer dizer que não se pode confiar em ninguém.
Como confiar no que desconheço?
Há como conhecer a tudo e todos?
Não, nem a nós mesmos né, Doutor?-ambos sorriem.
Não me chame de Doutor, me chame de Bruno.
Bruno?
Sim, por que a surpresa?
Bruno psicólogo?
Que que tem?
Não sei, imagino outros nomes como psicólogo...
Quais?
Ricardo, Marcus, Paulo, não sei...
Talvez, você conhece algum psicólogo?
Conheço um Bruno.
Da onde você o conhece?
Do consultório que vou.- ambos riem.
O senhor quer café,água,suco ou alguma bolacha?
Não Bruno,obrigado.
Então Flávio, posso te chamar de Flávio?
Não imagino outra forma.- sorri ao dizer isso.
Você não parece precisar de um psicólogo.
Esses são os mais preocupantes não?
Nem sempre...me