peça
Introdução: Ave Maria: aqui é a casa do pobre, o poeta Joaquim Simão.
Fedegoso: em frente mora o ricaço, Aderaldo catacão.
Ave Maria: Aqui se passa a historia, vamos ver quem tem razão.
Andreza: o senhor não se preocupe seu Aderaldo, hoje seu encontro amoroso sai. Vou dá mais duas cantadas nela e a mulher do poeta cai.
Aderaldo: diga que pra ela eu serei muito mais que um amante, um pai.
Andreza: o senhor é um homem muito rico não é seu Aderaldo?
Aderaldo: bastante, mas deixe isso pra lá. Agora o que eu quero é aquela mulher. O poeta diz que vive como quer, pois vou tomar a mulher dele da forma que eu quiser.
Andreza: vou dá mais uma cantada nela, vou trazer ela aqui agora.
Aderaldo: faça isso sem demora. Vou me esconder por aqui. Com mulher meu estilo é meio bode, meio macaco, quando ela chegar bem perto eu pulo por trás e atraco.
Andreza: Uiiii... Que homem mai valente, mostra aí seu Aderaldo como o senhor vai fazer com ela.
Aderaldo: eu vou pegar aquela cabrita assim oi (gesticula).
Andreza: cumade não jogue essa cartada fora, seu Aderaldo tá louco por você. Você recebeu o bilhete? E é um homem muito rico cumade.
Nevinha: oche! Ele pode ser rico como for, eu é que não caio nessa história, eu sou casada com Simão dona Andreza, Simão é minha fraqueza e minha glória.
Andreza: seu Aderaldo nasceu pra juntar dinheiro e tá louco por você, aquilo não é mais amor não, aquilo é fome, é sede, ai! Parece um armador de rede.
Nevinha: Nossa senhora me defenda dessa tentação dos diabos.
Andreza: deixe de besteira cumade, eu vou buscar o rapaz.
Nevinha: dona Andreza, vá pra lá com essa sua peitica, não me azucrine nããao!
Andreza: oche! Oh! Mulher besta dos infernos do diabo. Tudo isso por causa de um preguiçoso daquele. Aquilo é podre de preguiça (cospe).
Nevinha: Ah! Não ele pode ser podre de preguiça, mas bom pra mulher, bom pra fazer verso ele é.
Andreza: rum! Aproveite mulher, seu Aderaldo tá com um colar, muito