peça teatral amorosa

1970, tinha 32.
Eu trabalhava no colégio Batista na época, ai as minhas colegas de serviço queria fazer um concurso para a reitoria da Universidade Federal mas estavao com vergonha de ligar pra lá e eu que liguei e quem atendeu foi o Amaro. Pronto, em que posso ajudar? Tem umas colegas aqui que fizeram inscrição para o concurso e elas querem saber quando vai ser a prova.
Ainda não foi marcada pq o reitor ou o vice reitor faleceu e depois dessa arrumação toda eh que vão marcar...
Eu vou aproveitar e pedir que vc verifique em que pé está uma documentação que eu deixei na Universidade, pq eu fiz seminário e eu podia fazer um curso na Universidade sem fazer o vestibular.
Hj msm lhe dou a resposta. Quando foi 15 pras 5 da tarde ele me ligou. Olha a sua documentação foi pra outro setor. Papo encerrado.

No dia seguinte no mesmo horário que eu liguei pra ele, ele ligou pra mim, para o Colegio Batista, e ficamos conversando mas sem nenhuma conotação amorosa ou romântica, e conversamos e conversamos... ate que chegou a hora de pegar o serviço.
No outro dia... de novo, outra vez, novamente... E quando não era 15 pra uma era 15 pras 5.
E ai nos ficamos nessa conversa. Todo dia nos falamos
Um dia ele disse que eu acho que vi sua mãe la no jardim molhando as plantas.
A gente mora bem perto e nunca tinha se cruzado. Outro dia ele disse: eu vi um moço la na sua porta, acho era seu pai, ele tem a cara séria. Ai eu falei... é, mas não mete medo em ninguém nao...
Meu colegas passavam por mim e ouviam a conversa, comentavam... hum isso ai vai dar em namoro e eu... hum não tem nada a ver.
Quando foi um certo dia de abril ele foi la onde eu trabalhava, na junta executiva no canto da fabril, convenção batista maranhense e deixou um convite. Ia passar uma peça no Artur Azevedo e os funcionários tinham direito a alguns convites e ele queria q eu fosse assistir. Mas eu não fui trabalhar nesse dia pq tive uma crise de bronquite. No outro dia quando eu fui