Petroleo
SISTEMAS PETROLÍFEROS ÍGNEO-SEDIMENTARES
Jaime Fernandes Eiras1, Joaquim Ribeiro Wanderley Filho2
UFPA/ANP, Rua Augusto Corrêa, 1, Guamá, CEP 66.075-910, Belém, PA, eiras@ufpa.br 2 PETROBRAS/UN-BSOL, Rua Recife, 416, Adrianópolis, CEP 69.057-001, Manaus, AM, jwand@petrobras.com.br Resumo – Sistemas petrolíferos ígneo-sedimentares são sistemas mistos nos quais um ou mais elementos essenciais ou processos envolvidos estão relacionados a eventos magmáticos. Vários exemplos mundiais são aqui apresentados para mostrar a importância das rochas ígneas na exploração petrolífera e na ocorrência de petróleo. Cinzas vulcânicas podem ser úteis como marcos regionais na correlação estratigráfica e na datação de rochas sedimentares. Podem também ser bons indicadores de deposição turbidítica nos casos de correntes de turbidez geradas por eventos magmáticos. Diques e soleiras de diabásio e derrames de basalto podem atuar como rochas-reservatório e selantes, na ausência de elementos convencionais, ou formar trapas estruturais ou combinadas para o aprisionamento de petróleo. Podem também fornecer calor extra para a transformação da matéria orgânica em bacias rasas e frias. A porosidade dessas rochas pode ser primária ou secundária, ou os dois tipos combinados. A porosidade primária consiste principalmente em cavidades produzidas pela volatilização de gases durante a erupção e o resfriamento. A porosidade secundária está relacionada aos poros resultantes de alteração hidrotermal, recristalização e dissolução por águas subterrâneas e esforços tectônicos. Inclui poros intercristalinos formados por cristalização de vários minerais secundários, formação de poros por dissolução e deformações tectônicas. Novas tecnologias em desenvolvimento e produção de campos de petróleo estão incentivando a prospecção de óleo e gás em reservatórios não-convencionais, como é o caso de rochas ígneas, e novas descobertas poderão ocorrer. Palavras-Chave: