Peter drucker
Foi igualmente um homem marcado pela influência de várias culturas. Nasceu na Áustria (onde permaneceu até à adolescência), fez os estudos na Alemanha (até ao regime nazi ter chegado ao poder) e trabalhou na City londrina (até casar com a sua companheira de sempre, Doris Drucker). O casal emigrou para os Estados Unidos, quando Drucker tinha apenas 26 anos. Neste país sempre foi considerado o grande embaixador da tradição intelectual europeia. Enquanto a saúde o permitiu, tentava viajar todos os anos para a Ásia, em particular para o Japão – país cuja cultura sempre o fascinou e onde ainda hoje tem a maior legião de fãs.
Apesar de sempre ter odiado o rótulo de “guru” (que associava a charlatanismo), existe uma grande unanimidade entre o meio académico e empresarial sobre o facto de não existir outra pessoa no mundo que mereça ostentar tal título. Afinal foi quem inventou a Gestão como disciplina e definiu as funções do gestor moderno. Foi um dos raros pensadores que se pode gabar de ter mudado o mundo com as suas ideias ao inventar conceitos como as (re)privatizações, a gestão por objectivos ou a descentralização nas empresas.
O maior legado de Drucker está, porém, na sua capacidade de interpretar o presente e de perceber as suas implicações para o futuro. Drucker tinha a capacidade de vislumbrar as tendências que irão produzir mudanças na sociedade, na economia e nas empresas. A ele se deve o diagnóstico de "descontinuidades" como a ascensão dos fundos de pensões no capital das empresas cotadas ou a emergência dos trabalhadores do conhecimento. Foi o primeiro a alertar que os trabalhadores são os donos do activo (o conhecimento) mais precioso da