Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho

INTRODUÇÃO

A partir do século XVI, período da Revolução Burguesa, tendo como modelo o conjunto de ideias, valores e ações que contextualizam as relações sociais, estabeleceu-se o primeiro padrão formal de caracterizar a interação da sociedade com as pessoas com deficiência, o que foi denominado paradigma da institucionalização. Atualmente, em diversos países, convivemos com esse paradigma. Não são poucos os cidadãos com deficiência que são retirados de suas comunidades de origem e são levados para instituições residenciais segregadas ou para escolas especiais, frequentemente situadas em locais distantes de suas famílias.
Na intenção de afastar o paradigma da institucionalização e adotar as ideias de normalização é que se criou o conceito de integração, referente à necessidade de modificar a pessoa com deficiência, e não a sociedade, de forma que esta pudesse assemelhar-se, o máximo possível, aos demais cidadãos, para ser inserida e integrada no convívio social. No entanto, normalizar o indivíduo com deficiência passou a não fazer sentido, pois o conceito de normalidade é muito relativo e subjetivo. Sendo assim, chegou-se á conclusão de que a sociedade também teria sua parcela de contribuição no processo de inserção das pessoas com deficiência. Por isso os sistemas sociais, que durante séculos não comtemplam as necessidades específicas provenientes das deficiências humanas, teriam que se transformar de modo a atender a todos, ou seja, o processo deve ser bi-direcional.
Diante dessa situação surge o movimento da inclusão, no qual se anseia respeitar direitos e deveres de todos, independente das diferenças de cada um, pois a limitação de uma pessoa não diminui seus direitos. Uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um, aprecia as diferentes experiências humanas e reconhece o potencial de todos, é denominada sociedade inclusiva.
A sociedade inclusiva tem como principal objetivo oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja