Pessoal

Transcrição – dia 4 Nelson e Jorge.

Nelson – Hoje nós vamos, basicamente, centrar nossa discussão na questão da Política de Desenvolvimento Territorial – Política Territorial, nós não vamos dar tanta ênfase a uma discussão do conceito de território o que, por se só, implicaria um curso a parte que é uma coisa bastante complicada, com múltiplas perspectivas, múltiplas abordagens e possibilidades. Mas, nós vamos partir da experiência de Política de Desenvolvimento Territorial que passou a ser implantada no Brasil, com o Governo Lula, a partir de 2003 quando foi criada a Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério de Desenvolvimento Agrário. Há uma evolução interessante, por exemplo, em relação a esse que se tornou o Ministério de Desenvolvimento Agrário porque ele surge para tentar acomodar as demandas de Reforma Agrária que estavam no Ministério Especial – Agricultura Familiar e é interessante porque de alguma maneira já no Governo Fernando Henrique, mas principalmente no Governo Lula, este Ministério de Desenvolvimento Agrário vai se confundindo e se caracterizando como um Ministério dos setores da agricultura familiar e das populações tradicionais do meio rural, digamos assim isso que nós estamos chamando de agro negócio; há uma discussão a respeito desta coisa de Agro negócio, há muitas posições, por exemplo, que defendem a visão do agro negócio familiar, há pessoas, inclusive progressistas mais a esquerda que defendem esse tipo de posição. Então, há de ver também certo cuidado nessa consideração do agro negócio, eu, por exemplo, não sou uma pessoa que compartilhe desta visão de agro negócio familiar, o Ministério da Agricultura sempre foi um Ministério tradicional das elites agrárias e dos grandes produtos vinculados a essas elites, quer dizer: açúcar, café e assim por diante. Obviamente, durante um determinado período, os grandes produtos tinham seus institutos: instituto do café, instituto do açúcar e do álcool, a CEPLAQ com o cacau, os grandes