Pessoa
• 1ª.: Desejo epicurista de fruir o momento presente (1ª. e 2ª. estrofes):
A 1ª estrofe fala sobre a emoção de contemplar a natureza, mas principalmente a constante obsessão de aproveitar o momento, que foi o único bem que nos foi dado, e que depois desta vida vamos para longe tal como o rio
• 2ª.: Renúncia ao próprio gozo desse fugaz momento que é a vida (3ª. a 6ª. estrofes):
Ele refere que não vale a pena cansarmo-nos porque quer nos gozemos quer não passamos como o rio, e não vale a pena ter-mos grandes desassossegos que podem trazer dor. Refere que se deve ter uma vida amorosa tranquila, espiritual, evitando os excessos de amor físico.Valorização do “viver o dia” (carpe diem), colhendo o “perfume” do momento.
• 3ª.: Explicação dessa renúncia como única forma de anular o sofrimento causado pela antevisão da morte (7ª. e 8ª. estrofes):
No final o poeta mostra exactamente que temos que superar a morte, ou superar-lhe pelo menos o cortejo de sofrimento e a saudade que a acompanha. Justifica também a sua vivência amorosa porque se um deles morrer antes o outro não terá que sofrer por isso, uma vez que viveram um amor inocente, sem excessos.
O rio, que sugere passagem, efemeridade e/ou morte.
O "barqueiro sombrio", que, na mitologia grega, transportava as almas dos mortos que tinham sido incinerados ou enterrados através dos rios infernais .
As flores no colo e o seu perfume para sugerir um bem efémero.
A sombra, para traduzir a morte. Palavras negativas : "A vida passa" (duas vezes) = nada deixa = nunca regressa = vai; passar = correr; passamos; "sempre correria" = "sempre iria ter à..."; não (cinco vezes); nada (três vezes); sem (três vezes); nunca (duas vezes); nem (seis vezes); "muito longe", "mais longe que os deuses"; sempre (duas vezes utilizada para traduzir a passagem inexorável do tempo); "Pagãos inocentes da decadência", "Pagã triste".
A enumeração: "Sem amores, nem ódios, nem