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Definição e epidemiologia
Doença infecto-contagiosa crônica ocasionada pelo Mycobacterium leprae, bacilo alcool-ácido resistente descoberto em 1873 pelo cientista norueguês Dr. Gerhard Armauer Hansen.
Bacilo intracelular obrigatório, apresenta grande afinidade por células da pele e dos nervos periféricos. Multiplica-se a cada 12-13 dias principalmente nas células de Schwann e histiócitos, mas também em outras células como célula muscular e endotélio vascular. Como o bacilo multiplica-se devagar a doença desenvolve-se lentamente (período de incubação de 2 a 5 anos). O Mycobacterium leprae é de alta infecciosidade, penetra num grande número de indivíduos e se multiplica, mas como tem baixa patogenicidade não há um grande número de doentes.
A principal fonte de infecção é o homem doente, através das formas contagiantes, e que não esteja em tratamento. A eliminação e a porta de entrada ocorrem pelas vias aéreas superiores.
Imunologia
O bacilo dentro do organismo é fagocitado, metabolizado e processado pelas APCs (células apresentadoras de antígenos) que normalmete são os macrófagos, mas também podem ser as células de Langerhans da epiderme, células de Schwann, queratinócitos e células endoteliais. Os fragmentos formados são expressos na superfície das APCs juntamente com o HLA classe II que é reconhecido pelo receptor dos linfócitos T. Este evento desencadeia a ativação dos linfócitos T helper (auxiliares) e a secreção de linfocinas. Para que isto ocorra é necessário a presença de interleucina-1 produzida pelo macrófago e interleucina-2