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Diversos temas em história são constantemente revisitados. A descoberta de novas fontes e o aparecimento de novas perspectivas teórico metodológicas são as principais causas das revisões, dando a dinâmica característica da construção do conhecimento histórico. Dessa forma, nada em história é fixo ou imutável, mas sempre se renova e se enriquece. Um debate historiográfico consiste nas discussões que são travadas ao redor desses temas, discussões que muitas vezes se alongam por décadas e expressam, mais do que interpretações distintas sobre um assunto em questão, visões diferentes de mundo e da maneira de entendê-lo a partir do passado. Diversos estudiosos dialogam, se contrapõem e se revisitam o tempo todo, fazendo com que alguns debates se tornem incansáveis.
A questão que trazemos como exemplo é de uma problemática específica em torno da escravidão, a forma de se entender o escravo dentro da sociedade em que se inseria no
Brasil colonial. Vejamos alguns trechos de importantes estudos sobre a escravidão no
Brasil.
Gilberto Freire destacou: “Mas aceita, de modo geral, como deletéria a influência da escravidão doméstica sobre a moral e o caráter brasileiro de casa-grande, devemos atender às circunstâncias especialíssimas que entre nós modificaram ou atenuaram os males do sistema. Desde logo salientamos a doçura nas relações de senhores com escravos domésticos, talvez maior no Brasil do que em qualquer outra parte da
América. (...). O português teria sido o ‘menos cruel’ na relação com os escravos.”1
Florestan Fernandes escreveu que a violência do sistema escravista “e o isolamento econômico, social e cultural do negro, com suas indiscutíveis consequências funestas, foi um 'produto natural' de sua incapacidade