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O idealismo alemão foi (e em parte ainda é) uma das orientações filosóficas mais influentes da história. Tem raízes na história da cultura alemã. Mas nem por isso pode ser considerado um fenômeno por assim dizer “nacional”. Antes deve ser visto no horizonte de diferentes formas de influência, recepção e aculturação, em que o idealismo alemão interagiu com outros elementos da história cultural europeia, como a ciência, a religião, a arte, o direito e a política.
Assim, para compreender o idealismo alemão, deve-se levar em consideração outras orientações filosóficas e culturais essenciais, tais como o empirismo britânico, o racionalismo − como o holandês, de Espinoza −, o Iluminismo francês etc. Torna-se, então, claro que o idealismo “alemão” foi (e é) um momento essencial do desenvolvimento cultural da Europa, unitário em sua diversidade.
Salvo melhor juízo, ainda não se escreveu uma abrangente história da recepção e repercussão do idealismo alemão fora da Europa. Mas é sabido que, à época de seu surgimento, o idealismo alemão já era percebido em outras nações europeias como estímulo um intelectual ou desafio à reflexão. São relativamente recentes os estudos históricos e sistemáticos do idealismo alemão, alguns já clássicos, como os de Hartmann (1923-9) e Kroner (1921-4), mas também os de Hösle, Gamm e, sobretudo, os de Henrich e Sandkühler (2005)
A investigação sobre o idealismo alemão está longe de ser concluída ou, mesmo, conclusiva. O idealismo alemão não se esgota com os grandes mestres − Kant, Fichte, Hegel e Schelling. Os primeiros românticos p.ex. já se diziam idealistas. O idealismo alemão desenvolveu-se em constelações amplas e complexas, cujo estudo tem de levar em consideração sua dimensão mais profunda, bem como ramificações e entrecruzamentos.
Idealismo é o nome que designa certo tipo de teoria filosófica, o qual, pelo menos desde Kant, foi também empregado por alguns filósofos para designar sua filosofia. O idealismo,