Pesquisas
A África setentrional foi berço de civilizações florescentes, como a dos egípcios e a dos cartagineses, abordadas, respectivamente. Já a África subsaariana teve sua ocupação prejudicada por fatores de ordem geográfica e ambiental: solo pouco fértil, grandes extensões cobertas por florestas e a presença de agentes transmissores de doenças, como a mosca tsé-tsé, por exemplo.
A abundância de terras, aliadas à baixa densidade demográfica, contribui para que até os primeiros séculos da era cristã prevalecessem ali culturas ligadas à caça e à coleta de alimentos. Paralelamente, algumas populações se sedentarizaram, constituindo sociedades que exercereriam grandes influências na história do continente.
Localizada na costa oriental do continente africano, em uma área conhecida como Chifres da África, a Etiópia é hoje uma das nações mais pobres do planeta. No passado, essa região abrigou um das primeiras sociedades a se converter ao cristianismo: o reino de Axum.
Seu primeiro habitantes eram originários do sul da península Arábica. Ao chegarem, já dominavam a agricultura e a criação de bois, ovelhas, cabras e cavalos. Provavelmente, conheciam o arado e tinham uma escrita de caracteres semícos.
Com o passar dos séculos, seus primeiros acampamentos e aldeias cresceram e se transformaram em centros comercias. A cidade de Adúlis, no litoral do mar vermelho, por exemplos, tornou-se um movimentado porto, no qual eram comercializados produtos da índia, Arábia, África e até do mediterrâneo.
A cidade que mais se desenvolveu, contudo, foi Axum, no planalto etíope. No tinício da era cristã, Axum era o centro de um intenso comércio de marfim e outras mercadorias africanas, nas plumas, obsidiana, ouro e sal. O enriquecimento