Pesquisador da história
Segundo a autora o primeiro problema pelo qual passa o pesquisador desse tipo de história, é o que se refere ao conceito de região e aos critérios definidores do espaço regional.
Para os autores marxistas, as regiões devem ser definidas pelo caráter diverso das leis de produção do capital, bem como das relações de classe que se dão em seu interior, sem desprezar, a análise das relações existentes entre uma região e as demais.
Diante de várias colocações a respeito da definição e delimitação do espaço regional, define-se duas correntes:
A primeira, seguindo um viés marxista, parte do objeto e não do sujeito do conhecimento. È o caso dos pesquisadores, como, Silveira, Milton Santos, Ciro Cardoso, Francisco Oliveira, que definem como delimitadores o modo de produção, visto sob um aspecto amplo, envolvendo não só as relações internacionais, como a dinâmica da luta de classes. Seguindo essa linha, Vera Silva , assim como Revel, Marcos Silva e Ilmar Mattos, que priorizam o cultural, a região e sua delimitação também se explica pela construção social elaborada pelos atores, ou seja, pelos sujeitos estudados.
A segunda corrente, parte da definição de região a partir das análises produzidas pelos sujeitos do conhecimento. Nesta linha, se enquadram os trabalhos de Bordieu e Ângelo Priori, que afirma ser a região, enquanto espaço territorial uma construção de geógrafos e enquanto espaço social torna-se uma construção dos historiadores. Então, para estes autores a região é uma construção do sujeito, que a delimita a partir de padrões próprios fundamentados na realidade existente.
Outra temática, com a qual se depara o historiador, no estudo da história regional, é a do regionalismo. Sob o qual há vários debates. Sendo que pode-se defini-lo como um comportamento político de defesa de interesses, por atores ou sujeitos, que dividem uma identidade historicamente construída, podendo ser um dos elementos que unificam e movimentam grupos sociais nas disputas