Pesquisa
É interessante observar como algumas das questões propostas pelo autor continuam atuais 15 anos depois do lançamento – a primeira edição é de 1995. Embora muito já tenha sido pesquisado, discutido e publicado sobre o tema, ainda é verdade que, na realidade de muitas escolas, a avaliação é entendida como um fim em si mesma, que existe de forma autônoma e não tem vínculos com o projeto político pedagógico. O resultado dessa concepção também é bastante conhecido: a criação de um campo fértil para a proliferação do autoritarismo e da exclusão. Uma leitura atenta do livro é fundamental. O capítulo introdutório concentra boa parte da visão do autor, pois é ali que são apresentados os contextos de produção de cada um dos artigos, vinculados ao próprio percurso de investigação dele sobre o tema.
Parceiro na tarefa permanente de estabelecer um diálogo entre o ensino e a aprendizagem, Luckesi nos apresenta a avaliação como um “juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão”, e não como um julgamento definitivo sobre algo.
Dessa forma, o educador posiciona a avaliação como um ato seletivo e inclusivo, que possibilita questionar ações passadas e gerar ações futuras. Também a classifica como um instrumento valioso para que escolas, professores e alunos possam voltar o olhar para si mesmos em busca de