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ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO
Logo no início do capítulo se põe dois pontos: o professor que ensina e aquele que transmite conhecimento. São duas coisas distintas, é importante ressaltar. A questão chave do capítulo está explícita: ensinar não é transferir conhecimento. Mas sim, abrir espaço para que os próprios alunos o construam, de maneira que o professor esteja aberto às suas curiosidades e perguntas. Dessa forma, a vivência do professor conta muito, pois ela será necessária na hora de responder às indagações; a vivência é necessária para que o professor mostre o lado prático da sua teoria, lado este considerado a parte mais importante.
Com inacabamento o autor quer dizer o inacabamento do ser. Todo ser é inacabado, porém o ser humano é o único que tem consciência disso, por esse motivo, somente entre os seres humanos existem a ética. Se fala muito sobre ética nos dias de hoje, se fala tanto que até se perde o sentido da palavra. Nesse livro, a ética acontece a partir do momento em que o ser reconhece sua insuficiência, por exemplo. Com isso, quer explorar, descobrir coisas novas, decidir, lutar. Assumir seu inacabamento é uma maneira de viver a vida explorando, assim obtendo mais conhecimentos e a prática, citada no capítulo anterior.
Algo a ser enfatizado nessa parte é a vontade e até coragem que o autor nos dá de não ser somente um objeto no mundo. Ou seja, não se adaptar ao mundo, mas buscar ser mais que isso. Isso é possível a partir do momento em que a pessoa se assume como inacabada e percebe aí uma oportunidade de criar mais experiências, essa é a diferença entre alguém que assume seu condicionamento e aquele que não reconhece e se conforma.
A curiosidade já é em si o conhecimento, por isso é importante despertar a curiosidade nos alunos. Retomando o assunto da inconclusão do indivíduo, o homem ou a mulher só passa a ser educável quando toma consciência de sua inconclusão, de forma que assim começa uma história de busca por saber. Sendo