Pesquisa e relacionamento de dois eventos com a guerra fria e o mundo multipolar
CONTEXTO HISTÓRICO
Há mais de 30 anos encerrava-se um dos maiores conflitos armados do século XX, a Guerra do Vietnã. De um lado estava a República do Vietnã (Sul), marcada pelo regime capitalista ditatorial; de outro, o Vietnã do Norte, comandado pelo líder Ho Chin Minh, de orientação comunista. Contudo, não basta entendermos seus atores políticos e sociais, se não compreendermos o cenário histórico e os motivos que serviram de estopim para o início desse violento massacre.
No início da década de 1960, o mundo vivia a Guerra Fria, divisão ideológica dos países em dois blocos, respectivamente, capitalista e socialista. Após a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e a antiga União Soviética (URSS) empreenderam uma corrida armamentista pela construção de um arsenal de armas nucleares e pela conquista de zonas de influência. Dessa forma, esses países protagonistas, apesar de nenhum confronto direto, apoiaram seus aliados em conflitos armados locais.
A região que serviu de palco para o confronto entre os dois países do Vietnã pertenceu à França durante o século XIX, posteriormente, ocupada pelo Japão (1940). Contudo, existia um movimento de resistência à dominação imperialista, que somente em 1954, por meio de um tratado de paz, conseguiu a separação do território do Vietnã, o norte comunista e o sul, capitalista.
Em 1956, houve um golpe de Estado, que acabou por anular as eleições do Vietnã do Sul, instaurando um regime ditatorial. Esse movimento teve apoio dos Estados Unidos, que temiam a vitória dos comunistas e a conseqüente dominação da região. Para tanto, enviaram armas, dinheiro, soldados e instrumentos militares, além da criação da Otase (Organização do Tratado do Sudoeste Asiático), para auxiliar o Vietnã do Sul em sua empreitada.
Do outro lado, estavam os nacionalistas vietnamitas, conhecidos como vietcongues, que formaram a FLN (Frente de Libertação Nacional) em 1960. Eles atuavam por meio de guerras de guerrilhas e foram bem