Pesquisa e desenvolvimento local
CURSO: SERVIÇO SOCIAL - 7º SEMESTRE - ANO: 2012/1 Tutor presencial: Professor EAD:
xxxxxxxx – SP 2012
O presente texto objetiva discutir as possíveis articulações/relações entre pesquisa e desenvolvimento local. Fundamenta-se na percepção da assistência social como direito social e aliada/componente do desenvolvimento e o desenvolvimento enquanto mudança social. Nesta perspectiva discute os limites e as possibilidades da política de assistência social em uma comunidade Quilombola no Estado da Bahia.
a) Introdução:
No Brasil, o expressivo número de povoados quase que exclusivamente compostos por trabalhadores rurais negros começou a despertar a atenção de vários setores da sociedade. Tal emergência das comunidades quilombolas tem suas origens na crescente organização dos trabalhadores do campo e na ascensão do movimento negro, enquanto movimento político que afirma a identidade étnica inserida no conjunto das lutas dos trabalhadores pela posse da terra.
Esta luta expressa a imensa dívida do Estado brasileiro para com a população negra, que sofre a dupla opressão enquanto camponesa e parte de um grupo racial inserido numa sociedade pluriétnica, mas desigual.
"Mocambos", "quilombos", "comunidades negras rurais" e "terras de preto", em verdade, referem-se a um mesmo patrimônio cultural inestimável e em grande parte desconhecido pelo próprio Estado, pelas autoridades e órgãos fundiários. As autodenominações dos camponeses dizem respeito a uma herança histórica, que se renova há várias gerações de negros trazidos para o Brasil na condição de escravos. E para muitos desses grupos a sociedade envolvente ainda é tida como um ambiente hostil.
Os Quilombos de hoje correspondem às chamadas terras de preto, ou Comunidades Negras Rurais, que se