PESQUISA SOCIOLINGU STICA
Alexsandro Caetano da Silva.
E-mail: alexsandro.letras@hotmail.com
A princípio, alguns autores afirmam não ser fácil, nem tampouco simples a realização de pesquisas na área da sociolinguística, mesmo assim não se deve desanimar quanto a este tipo de estudo, mas acreditar em seu potencial de inteligência e prosseguir buscando, pesquisando e enfrentando os obstáculos e dificuldades encontrados ao longo do caminho. Portanto, o conceito de comunidade, seus limites geográficos e sociais, bem como, que tipo de fala irá analisar e a falta de consenso entre os linguistas são tidos como obstáculos e dificuldades encontrados por eles durante suas pesquisas e estudos. Vale destacar que, de acordo com MONTEIRO (2008), a primeira grande dificuldade a ser superada pelos pesquisadores na área de Sociolinguística é apreender o alcance do conceito de comunidade. Isto porque, até mesmo entre os linguistas, não há consenso ou unanimidade quanto aos critérios e/ou parâmetros de demarcação dos limites geográficos e sociais de uma comunidade, os quais nem sempre são coincidentes. As definições apresentadas pelos diversos autores que tratam deste assunto, são amplas demais ou muito pouco precisas, dificultando ainda mais a separação dos conceitos. Dessa forma, não se consegue estabelecer um acordo entre os linguistas e áreas afins sobre o que de fato constitui uma comunidade. No entanto, esta problemática abrange a própria definição do lugar, da pesquisa na área da sociolinguística, a saber, como definir uma comunidade de fala e, ainda mais como delimitar o contexto social e suas margens físicas. Entretanto, essa questão é de grande relevância porque a descrição das línguas em sua diversidade funcional e social depende principalmente da análise e interpretação dos dados obtidos em situações concretas da fala, o que na verdade obriga o pesquisador a demarcar com certa precisão os limites físicos e sociais da comunidade, bem