Pesquisa sobre a ead no brasil
Experiências educativas a distância já existiram no final do século XVIIIº, se desenvolveram com êxito a partir da segunda metade do séc. XIX, para qualificação e especialização de mão-de-obra face às novas demandas da nascente industrialização, da mecanização e divisão dos processo de trabalho. Alcançaram uma rápida expansão no séc. XX, sobretudo a nível de estudos superiores. Porém, é a partir da década de 60 e 70, “num momento de expansão econômica e de entusiasmo dos governos em relação à educação” (MEDIANO, 1988:46) e devido aos graves problemas enfrentados pelo sistema formal de educação (monopolista, fechado, ritualista, expulsador e de exclusão), ao processo de democratização da sociedade e ao desenvolvimento das técnicas de comunicação, que se vem caminhando, de maneira mais rápida e expansiva, para novas formas, abertas, de educação:
“Em mais de 80 países do mundo o ensino a distância vem sendo empregado em todos os níveis educativos, desde o primeiro grau até a pós-graduação, assim como também na educação permanente” (LISSEANU, 1988: 70).
Na Europa, são oferecidos mais de 700 programa de diferentes níveis, nos mais variados campos do saber. Segundo o Conselho Internacional de Ensino a Distância /CIED, em 1988, mais de 10 milhões de estudantes acompanhavam seus cursos a Distância (apud KAYE, 1988:57) e, em nível superior e de pós-graduação, essa formação é reconhecida legal e socialmente (IBAÑEZ, 1989). A Universidad Nacional de Educación a Distancia /UNED, na Espanha, oferece 200 cursos, em nível superior, a mais de 140.000 estudantes matriculados em 1995. A universidade de Hagen (Alemanha) e a Open University são reconhecidas internacionalmente e caracterizadas pela excelência de seus cursos. Nos países socialistas do Leste europeu desenvolveu-se uma política coerente para assegurar a formação dos trabalhadores. Somente na Rússia, 2.500.000 estudantes (mais da metade dos inscritos