Pesquisa sobre Mary Vieira
Nasceu em 1927, em Minas Gerais, mas foi registrada em São Paulo. Morreu em 2001, na Suíça. Professora, escultora e designer gráfica, se tornou um dos principais nomes do movimento neoconcretista brasileiro. Suas obras estão em BH e em acervos importantes de São Paulo e de Brasília.
Vêm da década de 1940 as experiências de Mary que resultaram nos aclamados polivolumes. Construídas com unidades que interagem em torno de um eixo, elas permitem ao espectador dar diversas configurações à mesma obra. Mary nasceu em São Paulo, mas se educou em Belo Horizonte, onde estudou com Guignard, Amilcar de Castro e Franz Weissmaan
A arte cinética apresenta a obra como objeto móvel. Ao buscar romper com a condição estática da pintura e da escultura, não se limita a traduzir ou representar o movimento. A obra está em movimento. Em 1948, realiza a primeira de uma série de experiências de esculturas em movimento: expõe ao ar livre, na Exposição Nacional das Classes Produtoras, em Araxá, uma forma espiralada, animada eletromecanicamente, de proporções monumentais. A realização desta peça, uma das primeiras obras cinéticas do mundo, marca o pionerismo de Mary Vieira. A partir de 1951, Mary Vieira se estabelece na Europa. Em Zurique, estabelece contato com o grupo Allianz, a mais importante tendência concretista da época, e passa a expor com o grupo. Apesar disto, nunca se considerou uma artista concretista pois, segundo ela, suas pesquisas plásticas se direcionaram, desde o início, na busca do movimento, enquanto os concretistas se interessavam pelas formas estáticas.
Mary Vieira morreu na Suíça em 2001, um pouco antes da inauguração da escultura "libertação: monovolume a ritmo aberto", em Monte Castelo, na Itália, projeto no qual trabalhou durante os últimos seis anos de sua vida. A escultura que se encontra na coleção de artes do Banco Central, "Polivolume: Momento Elipsoidal", faz parte do grupo de suas esculturas mais conhecidas, aquelas que receberam o título