HISTÓRIA DA LITERATURA INFANTO JUVENIL A célula máter da literatura infanto-juvenil pode ser encontrada na Novelística Popular Medieval que tem suas origens na Índia. Descobriram que desde essa época a palavra impôs-se ao homem como algo mágico, como um poder misterioso, que tanto poderia proteger, como ameaçar, construir ou destruir. São, também de caráter mágico ou fantasioso, as narrativas conhecidas, hoje, como literatura primordial. – (Literatura primordial: aquela que, embora não transcrita em material perene atravessou séculos, preservada pela memória dos povos, narrativas de caráter mágico ou fantasioso). Nelas foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais, que surgiram séculos antes de Cristo e difundiram-se por todo mundo, através da tradição oral. A primeira obra realmente direcionada ao público infantil foi uma coletânea de cantigas infantis publicada por Mary Cooper em 1744. O seu exagerado título era: “Para todos os pequenos senhores e senhoritas, para ser cantado por eles, por suas babás até que possam cantar sozinhos”. Uma segunda coletânea era intitulada “Melodia de mamãe gansa”, provável mente do livreiro John Newbery – 1760, por isso ele é considerado o precursor na descoberta e exploração do mercado de livros para crianças. Com a ascensão da família burguesa, o novo status concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola, aparece a Literatura Infanto-juvenil que traz características próprias. Sua força surge, antes de tudo, por estar associada com a Pedagogia, já que as histórias tinham o firme propósito de ensinar. É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerado um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, distanciando-se desta forma de vida dos mais velhos e recebendo uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.
Os primeiros livros para crianças foram produzidos no final do século XVII e início do século XVIII. Antes disso, não se escrevia para