Pesquisa sobre bem estar equino
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Clínica Veterinária Edição 32 | Comentários
Por: Prof. Edson Martins Scarpelli (Médico veterinário Patologista)
Formado em Ciências Médicas, especialista em Comportamento e Etologia Equina.
“Bem-estar” é uma palavra ampla ao vocabulário geral. Quando falamos de cavalos, mais especificamente de equinos, estamos falando muitas vezes sob um ponto de vista humano. Porém, quando citamos uma verdadeira relação “equino – ser humano”, sob o ponto de vista do equino descobrimos um mundo alegre, à procura de harmonia e não-mecanicista. Os equinos vivem uma relação clara e direta com seus sentidos, todos ao mesmo tempo, declarando tudo o que percebem, preparando-se e adequando-se milimetricamente em seus espaços e distâncias.
À evolução dos equinos relacionamos milhões de anos passados, com seus sentidos sendo apurados minuciosamente ao longo desse tempo e com apenas um objetivo: a sobrevivência. Tal tempo propiciou a estes animais uma adaptação para fugirem sob qualquer estímulo. A domesticação destes animais é muito recente, no máximo seis mil anos, diferente da ovelha, com mais de vinte mil anos, ou do cachorro, com mais de quinze mil.
“Bem-estar não é conquista. Hoje trazemos este termo tão próximo de nós que já o consideramos ciência”.
Entre todas as espécies animais, os equinos são os que possuem melhores e mais bem datados achados paleontológicos condizentes com a sua grande capacidade grupal adaptativa. Todas essas descobertas trazem luz à etologia do cavalo atual.
“Bem-estar” não é conquista. Hoje trazemos este termo tão próximo de nós que já o consideramos ciência, parâmetros claros para uma convivência harmoniosa entre espécies que co-habitam o planeta Terra. Falamos hoje de “Bem-estar humano”, na prevenção direta de doenças agudas e crônicas, e de “Bem-estar animal”, tanto aos domésticos quanto aos de produção. Este termo está deixando de ser genérico ou empírico. Lembremos que não são apenas conceitos e trazem