Pesquisa Qualitativa x Pesquisa Quantitativa
1. Livro texto: Brasil. SUS: avanços e desafios. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2006. 164p.
O Desafio do Modelo de Atenção à Saúde do SUS
O texto inicia-se caracterizando o modelo de atenção à saúde do SUS, como sistema de saúde voltado para o atendimento às condições agudas, porém esse modelo, segundo o texto, não atende com eficiência e efetividade a situação atual de saúde do Brasil, que está marcado pelo predomínio das condições crônicas.
O texto ainda traz a diferença entre doença aguda e crônica, onde a doença aguda é caracterizada pela manifestação abrupta, de causa simples e diagnóstico/prognóstico precisos e as intervenções são geralmente efetivas, já a doença crônica está caracterizada pelo início gradual, com longa duração de causas múltiplas que mudam ao longo do tempo, apresentando diagnóstico/prognóstico incertos e as intervenções não são decisivas resultando não na cura, mas sim no cuidado.
No Brasil, os principais fatores pelo aumento das doenças crônicas são as mudanças demográficas, as mudanças nos padrões de consumo e nos estilos de vida e a urbanização acelerada. Esses fatores colocam o Brasil em uma situação epidemiológica de dupla carga das doenças, com predomínio relativo das condições crônicas, consequentemente aumentando o gasto per capita com internações, onde o texto relata que os gastos com maiores de 80 anos foi aproximadamente vinte vezes maior do que na população entre 5 a 14 anos. No texto ainda pode-se observar que no Brasil, em função da evolução das diferentes doenças e agravos ao longo dos anos, a situação epidemiológica mudou, onde podemos observar o declínio das doenças infecciosas e aumento das doenças crônicas (cardiovasculares, oncológicas). Essa situação de dupla carga das doenças com predomínio das doenças crônicas torna importante a consideração dos fatores de risco, onde a causa das doenças depende de determinantes distais (fatores