Pesquisa qualitativa no campo da educação
Cunha (1979) demarca o ano de 1971 como o início da fase em que os programas de pós-graduação passam a representar preponderante papel na produção da pesquisa
Educacional. Ao lado do crescimento que esse deslocamento acarretou e da significativa
Diversificação de abordagens metodológicas e de temáticas que ocorreu, notadamente a partir da década de 1980, também se verificou expressivo aumento da produção de textos dedicados às questões de teoria e método. Sob a expressão "pobreza teórica e inconsequência metodológica", cunhada por Mello, em texto de 1983, e utilizada subsequentemente por Gatti (1983, 1992), Warde (1990), Weber, (1992) e Alves-Mazzotti (2001), dentre outros, abrigam-se toda sorte de críticas, que abordam do descritivismo presente em pesquisas qualitativas à pretensa neutralidade do tratamento de dados em pesquisas quantitativas. Vieira (1988), Goergen, (1986), Cunha (1991), Costa (1994), Alves-Mazzotti,
(2001), e Gatti, (2001) denunciam os modismos teóricos e metodológicos que resultam da falta de tradição de pesquisa e de teoria educacional. Para Goergen (1986, p. 10), os modismos teóricos "[...] caem como pedras jogadas nas águas de um lago, formando, primeiro, pequenos grupos, depois sempre maiores círculos, que aumentam até colocar em movimento toda a superfície da água." Assim, a opção por determinada metodologia assemelha-se mais a adesão de fé ideológica do que a uma escolha do caminho adequado à exploração do objeto, as pesquisas qualitativas possuem interpretações mal feitas por falta de domínio do método de analise empregado, observações casuísticas, descrevem o obvio, às vezes observação mal conduzida, analise de conteúdo carente de metodologia clara, incapacidade de