Pesquisa qualitativa na educação matemática
Nos últimos anos, pesquisas científicas vêm se dedicando a temas que versam sobre o desenvolvimento científico e tecnológico. Logo, não é necessário muito esforço para perceber que esse desenvolvimento vem desencadeando mudanças em todas as áreas do conhecimento humano, inclusive na área da educação escolar.
Nesse sentido, entende-se que a função social da escola/educação é com a transmissão do saber científico que foi construído e acumulado ao longo dos séculos pela humanidade. Porém, paralelo a essa formação em conceitos e teorias, a prática educativa, hoje, deve contemplar além da dimensão intelectual do ser humano, a dimensão social, afetiva e relacional.
Faria (2006) afirma que, em uma sociedade dominada pela ciência e pela técnica se faz necessário uma humanização da tecnologia, ou seja, a educação deve ser pautada em valores éticos, em relações responsáveis e fraternas, valorizando a pessoa humana.
Diante desse contexto, a educação está assumindo novas funções e está redefinindo suas finalidades e objetivos de ensino. Para tanto, buscam-se estratégias para a realização do processo ensino e aprendizagem que proporcionem o encontro da educação com as necessidades da sociedade atual.
Partindo dessa perspectiva, há uma preocupação em relação à formação de professores, pois o desenvolvimento da capacidade profissional que assegura as condições necessárias para exercer o magistério, está vinculado aos saberes envolvido nessa formação. Visto que, esses profissionais da educação devem estar aptos para atuarem na realidade escolar do século XXI.
Nesse sentido, será que ser professor nos dias atuais é diferente que em outras décadas? Acredita-se que dentro da atual cultura educacional é. Segundo várias concepções que não se pretende aprofundar no momento, o professor ainda há poucos anos poderia ser definido como o profissional que ensina, ministra, relaciona ou instrumentaliza os estudantes para as aulas ou cursos em todos os níveis