PESQUISA: Operações de Capital de Giro em pequenas empresas
Segundo dados do IBGE, atualmente, mais de 60% das pequenas empresas abertas no país fecham suas portas em até 2 anos após o início de suas atividades. Um dos principais motivos apontados é a dificuldade de acesso ao crédito, principalmente para capital de giro, mas seria este o fator decisivo para o alto índice de fracasso destas empresas ou a falta de conhecimento e preparo financeiro contribuí para esta estatística? Para nos auxiliar nesta interpretação realizamos uma pesquisa com três pequenos empresários questionando-lhes sobre quais operações de capital de giro utilizam e como realizam o planejamento financeiro de suas empresas. Para facilitar a pesquisa utilizamos um questionário com perguntas sobre o tema (anexo).
O primeiro microempresário pesquisado trabalha para uma agência de publicidade, confeccionando placas, outdoors, painéis, etc.
Como ele recebe sempre da agência em 30 e 60 dias, necessita de capital de giro, principalmente para aquisição dos materiais que serão utilizados para a confecção das encomendas feitas pela agência, ele não consegue manter estoque por duas razões: o preço das dos produtos utilizados e dificuldades financeiras, pois a prioridade é o pagamento dos empregados e impostos, pois são necessárias as negativas de débitos, pois as agências prestam serviços para órgãos públicos.
Até dois anos atrás, ele utilizava o mercado informal de empréstimos, ou seja, investidores emprestavam dinheiro, por um tempo maior que os bancos, e na contrapartida a taxa de juros era maior que o que se consegue no mercado financeiro, mas não era agiotagem, pois os valores não eram extorsivos, variavam de 2 a 3% acima das taxas de mercado, porém ele não se sentia confortável. Procurou o Banco em que mantinha a conta da empresa e acertou, através