. Pesquisa em Educação: buscando rigor e qualidade.

A autora inicia com uma série de questionamentos sobre pesquisa, que levou a formação de um grupo com o objetivo de analisar a situação da pesquisa em educação nos Estados Unidos. O livro oriundo desse grupo, intitulado de “Questões da pesquisa em educação: problemas e possibilidades” focalizou a pesquisa como problema na história e na sociologia da educação, as novas configurações na educação e na pesquisa social, a pesquisa como vocação e a comunicação da pesquisa educacional. A autora quis mostrar que um país com longa tradição em pesquisa tem interesse em rever e analisar criticamente o que se vem produzindo na área. Assim, é necessário que haja um amplo debate nas universidades, escolas, revistas, fomento para que possa emergir concepções consensuais do que seja uma boa ou má pesquisa.
A autora destaca as mudanças que ocorreram no campo da pesquisa nas áreas humanas e sociais. Essas mudanças ocorridas nos últimos 20 anos revelam o crescimento da pesquisa, em especial, no âmbito da pós-graduação, com uma variedade de temas e problemas. Na década de 60, os temas de centravam na análise das variáveis de contexto e no seu impacto sobre o produto. Já na década de 80, o estudo se centra no peso dos fatores intra-escolares no desempenho dos alunos, sobre o cotidiano escolar, assim as questões genéricas vão dando lugar a analise de problemáticas localizadas. Chega-se a conclusão que para compreender e interpretar grande parte das questões e problemas da área de educação é preciso lançar mão de enfoques multi/inter/transdisciplinares e de tratamentos multidimensionais. Durante a década de 90, as abordagens qualitativas acompanham essa mudança, além da mudança no contexto da produção dos trabalhos de pesquisa. Uma importante transformação refere-se à análise do pesquisador como sujeito de fora, assim ocorre à experiência do próprio pesquisador em colaboração com os participantes. No decorrer da década de 90, os olhares se voltam para os problemas que emergem no uso