Pesquisa dos educadores e formação docente voltada para a transformação social” de kenneth zeichner e julio diniz-ferreira e
Argumenta-se que o movimento pode contribuir para o processo de transformação social, assume-se frequentemente que os educadores, ao desenvolverem pesquisas sobre suas próprias práticas e, consequentemente, ao tornarem-se “mais reflexivos”, necessariamente transformar-se em melhores profissionais e que o conhecimento produzido por meio de suas investigações, essa visão ignora o fato de que maior autonomia e poder exercidos pelos educadores podem ajudar em alguns casos a solidificar e justificar práticas que são prejudiciais aos estudantes e à população de maneira geral.
O conhecimento gerado pela pesquisa-ação desrespeita a contribuição genuína que ela pode trazer para a melhoria da prática profissional e para o bem comum. Defendem a ideia de que devemos tratar a pesquisa-ação de uma maneira muito mais séria, nesses casos e reforçar os laços do movimento de pesquisa-ação com as lutas mais amplas por justiça social, econômica e política em todo o mundo. Pode contribuir para o processo de transformação social. Argumentamos que isso pode ocorrer de várias maneiras, tais como, melhorar a formação profissional e, por conseguinte propiciar serviços sociais (educação, saúde etc.) de melhor qualidade. A literatura em educação é repleta de análises de experiências educacionais e programas de formação profissional que utilizam a pesquisa-ação e de depoimentos pessoais de como os professores sentem que suas práticas de sala de aula, e em alguns casos de como suas vidas profissionais, têm sido transformadas por meio da pesquisa-ação, Zeichner no ano 2003, por exemplo, ao analisar quatro programas de pesquisa-ação desenvolvidos por professores do ensino fundamental dos Estados Unidos, conclui que sob certas circunstâncias a pesquisa dos professores parece promover aprendizagens específicas de professores e de alunos que muitos docentes consideram