Pesquisa americana avalia métodos de estudo e aponta os mais eficazes
Um estudo feito por pesquisadores das universidades norte-americanas Duke, Wisconsin-
Madison e da Virgínia e Coordenada pelo professor John Dunlosky, do Departamento de Psicologia da
Kent State University foi publicado no jornal da Associação pela Ciência Psicológica em 2013. Este trabalho classificou algumas estratégias corriqueiras na vida de vestibulandos como pouco eficientes. O trabalho avalia 10 técnicas de estudo, escolhidas por sua facilidade de aplicação, e apresenta recomendações a respeito da efetiva utilidade dos processos.
A meio ano de prestar seu terceiro vestibular para Medicina, Alice Ribes, 18 anos, diz seguir uma rotina bem organizada, com horários para rever cada matéria. Entre as técnicas que mais utiliza, estão: resumir, sublinhar trechos importantes e fazer esquemas. Conforme a pesquisa, distribuir os conteúdos ao longo de um período, não deixando tudo para poucos dias antes da prova e fazer testes práticos são as maneiras mais eficazes de aprender. No entender dos pesquisadores, um teste não se limita a um instrumento de medição de conhecimento sobre um assunto.
As 10 técnicas de estudos consideradas foram classificadas em três categorias de utilidade: baixa, moderada e alta. Na avaliação dos pesquisadores, muitas das práticas mais comuns, como fazer resumos, sublinhar e organizar palavras-chave, não trazem benefícios significativos para uma aprendizagem duradoura.
Na opinião de Dunlosky, os resultados não significam que os alunos devam reaprender a estudar. “Eu não tiraria os marcadores de texto dos estudantes, mas diria para que os usassem de maneira diferente. Não basta sublinhar e ponto. É necessário voltar às marcações e estudá-las usando estratégias eficazes, como testes práticos e estudo distribuído” - recomenda o pesquisador, explicando que as melhores técnicas não são mais difíceis de aplicar, embora demandem uma agenda bem organizada para