Pescas e aquacultura

Com o desenvolvimento socioeconómico mundial, aumento das populações e consequente aumento da actividade antropogénica, a procura e consumo de pescado per capita tem aumentado exponencialmente, a um nível global. Durante muito tempo houve a ideia de que o oceano era infinito e do que nele existia inesgotável. Como consequência, os stocks de recursos vivos marinhos têm vindo a ser sobre-explorados (28% no presente), estando a pesca a ameaçar a vida nos oceanos, devido à exploração excessiva e à alteração de habitats. É, deste modo, necessário o desenvolvimento de estratégias de pesca e consumo sustentável, competindo aos Estados, por intermédio dos Governos, torná-lo possível. “Pesca sustentável é aquela cujas práticas podem ser mantidas indefinidamente sem com isso reduzir a capacidade das espécies alvo de manter níveis de população saudáveis e sem ter impactos negativos noutras espécies do ecossistema, ao remover as suas fontes de alimentação, prejudicar o seu ambiente físico ou capturá-las acidentalmente” (Greenpeace).
Posto isto, torna-se crucial obter a maior informação possível sobre o estado das pescas, no entanto deparamo-nos com várias dificuldades. Muitas das vezes, a informação científica e de confiança não é produzida, por ser cara e de difícil recolha, existe transmissão de informação dúbia ou maliciosa por parte de pescadores e gestores, no que diz respeito à quantidade e origem do pescado, pescas colaterais, o que é desperdiçado, etc. E, existe uma falta de divulgação da importância desta problemática.
É, também, de grande importância chegar ao público consumidor, chamando à atenção para uma maior preocupação ambiental por parte deste. O consumidor deve ser alertado para a importância da origem dos alimentos que consome e a forma como são produzidos. Este deve e tem o direito de saber o que está a consumir, de onde vem e pagar um preço justo por aquilo que compra.
As pescas colaterais deveriam ser aproveitadas e dever-se-ia implementar a