pesca
Graziele Ferreira
Mestranda em Geografia pela Unioeste-Francisco Beltrão-PR grazieleferre@hotmail.com
Participei de um evento no Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu em Foz do Iguaçu, intitulado 1º Workshop de Tilapicultura em Tanque-rede da Bacia do Rio Paraná, em 19-03-2013, onde estiveram reunidas várias instituições Itaipu, Unioeste, IFPR, Emater, MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura), Representantes de Prefeituras Lindeiras ao lago, Colônias e Associações de pescadores, para discutir os anseios dos pescadores artesanais e entregar um manifesto em favor da Liberação de Tilápia para criação em tanques rede, ao diretor geral da Itaipu Jorge Sameck, responsável em encaminhar ao governo federal comecei a me questionar sobre o futuro dos pescadores do Lago de Itaipu.
Começando o evento com explanação dos programas de apoio aos pescadores pela Itaipu, como o “Mais peixe em nossas águas”, seguidos de experiências da Tilápia no Rio Iguaçu e Paranapanema. Por fim houve a explanação do Plano Safra da Pesca 2013/2014 pelo MPA, na sequência comentários dos pescadores.
Os minutos finais foram os mais empolgantes e construtivos, pois o maior interessado que falou sobre seus dilemas e problemas, o pescador. Parei para pensar sobre a importância de dar vez e voz para o pescador, saber seus anseios e dificuldades relatados pelo mesmo. Comecei a me questionar sobre essa realidade pesqueira em nossa região. A região lindeira ao Lago pode ter um potencial aquícola venerável. As projeções são promissoras, mas demoradas, e o pescador espera. Até quando? Quantos contrariados abandonaram o setor pesqueiro por ser insustentável? Enquanto alguns querem transformar o reservatório do lago em um latifúndio aquático, o pescador só quer viver e se manter economicamente, pescando e trabalhando no que gosta.
Lembrei que semana santa se aproxima, propícia para comprar peixe. Muitas vezes nem paramos para pensar de onde vem o peixe? É da