Períodos não tão críticos
Ao longo do nosso desenvolvimento apresentamos períodos de tempo em que há um grande potencial para o aprendizado de uma habilidade ou comportamento.
Mas não se esqueça, o seu potencial não desaparece ao longo da vida.
Sempre é tempo de aprender!
“Períodos Críticos” nos animais
O conceito de períodos críticos surgiu a partir de experimentos com animais como os realizados pelo Prêmio Nobel de Medicina, Konrad Lorenz. Em seus experimentos com filhotes de pato, Konrad observou que após os mesmo eclodirem de seus ovos, se tornavam conectados ao primeiro objeto móvel notável no ambiente, geralmente a mãe-pata. Só que nesse experimento o cientista tomou o lugar da mãe, tornando-se ligado aos filhotes que o seguiam por toda parte.
O período que permite esse tipo de ligação nesses animais é muito curto (logo após o nascimento) e, uma vez no lugar da mãe, era impossível mudar o objeto de fixação dos filhotes e os mesmo seguirão para sempre o substituto. A partir de constatações como essas se concebeu a ideia de que existiriam janelas de aprendizado, ou seja, passado o “período crítico” para desenvolver certo conhecimento, não seria possível mais recuperá-lo.
“Períodos Sensíveis” em humanos
Até os dias de hoje, nenhum período crítico foi encontrado para os seres humanos. O termo "período crítico" é apropriado para os casos onde um evento (ou sua ausência), durante um período específico leva a uma situação irreversível. Sendo "período sensível" o termo mais apropriado, já que o mesmo é entendido como o período de tempo em que a aprendizagem de habilidades ou desenvolvimento de aptidões se faz de forma mais facilitada.
O aprendizado de novas habilidades é resultado da capacidade de remodelagem do nosso cérebro, chamada de “plasticidade cerebral”. Essa se dá através da formação e fortalecimento de certas ligações nervosas, denominadas sinapses, e da eliminação ou poda de outras. A formação de novas sinapses, sinaptogênese,