Período transoperatório e a assistência de enfermagem
Jouclas (1987) refere que em 1889, nos Estados Unidos da América (EUA), a enfermagem de sala de operação (SO) foi considerada uma área de especialização, tornando-se a primeira especialidade na enfermagem. Nas primeiras décadas do século XX, o enfermeiro de SO era responsável pelo preparo do ambiente cirúrgico, auxílio da equipe médica e orientação de estudantes de enfermagem.
A Associationof Operating Room Nurses (AORN) foi fundada em 1949, com os principais objetivos de formar um corpo de conhecimento para os enfermeiros de SO, promover ao paciente cirúrgico um ótimo cuidado por meio de programas educacionais e constituir uma associação para beneficiar todos profissionais que atuam nessa área. A partir da década de 60, uma das metas assumidas pela AORN foi a melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente cirúrgico (JOUCLAS, 1987).
Ainda de acordo com autor supracitado, o início da prática de enfermagem em centro cirúrgico, no Brasil, ocorreu devido à ausência de pessoal capacitado para atender às necessidades da equipe médica, principalmente em relação ao preparo da sala de operação, artigos médico-hospitalares e equipamentos.
Com o desenvolvimento da cirurgia, no final da década de 60 e início dos anos 70, surgiram os primeiros estudos orientados para a assistência de enfermagem prestada ao paciente na unidade de centro cirúrgico.
Infere Ladden (1997), descorre que a enfermagem perioperatória "inclui os períodos pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório da experiência cirúrgica do paciente". O enfermeiro elabora o levantamento de dados sobre o paciente; coleta, organiza e prioriza os dados do paciente; estabelece o diagnóstico de enfermagem; desenvolve e implementa um plano de cuidados de enfermagem; e avalia aqueles cuidados em termos dos resultados alcançados pelo paciente. Em outras palavras, o enfermeiro utiliza o processo de enfermagem como metodologia assistencial para o planejamento e implementação dos cuidados de