Período Regencial
CRISE DO PRIMEIRO REINADO
Contrastando com a popularidade que possuía no momento em que assumiu o trono do Império do Brasil, D. Pedro I teve que enfrentar nos últimos anos de seu reinado a forte oposição de diversos setores sociais. Marcado por um excessivo centralismo, seu governo foi frontalmente combatido pelas oligarquias agrárias, interessadas em um sistema federalista que lhes concedesse maior autonomia nas decisões pertinentes à política de suas províncias. Além disso, a aguda crise econômica dos anos 1820 fragilizava o apoio dos grupos menos abastados.
Com o agravamento do cenário político após a derrota na Guerra da Cisplatina e a eclosão de rebeliões (como a fatídica “Noite das Garrafadas”), o caminho escolhido pelo monarca foi abdicar ao trono brasileiro e retornar a Portugal, onde tentaria assumir a liderança do governo. A renúncia foi feita em favor do herdeiro D. Pedro II, que viria a se tornar, então, o segundo imperador brasileiro.
REGÊNCIAS
Além dos problemas naturais de qualquer abdicação, a renúncia de D. Pedro I continha um elemento que tornava a situação ainda mais delicada: o novo governante, D. Pedro II, tinha apenas cinco anos de idade, o que tornava inviável sua real efetivação no poder. Após intensos debates, a classe política brasileira estabeleceu que o governo do país seria comandado provisoriamente por regentes, enquanto o jovem monarca não atingisse a maioridade. Iniciava-se, assim, o Período Regencial (1831-1840).
Sob a tutela de José Bonifácio, político de destaque ao longo do Primeiro Reinado (1822-1831), D. Pedro II cresceu em meio às convulsões sociais que marcaram os anos das Regências. Enquanto sua formação estava aos cuidados de Bonifácio, os destinos do país eram traçados por dirigentes nomeados pelos grupos políticos mais próximos à corte imperial, sediada na cidade do Rio de Janeiro.
Inicialmente liderados por uma regência “trina e provisória”, tais políticos vieram a