Perturbação pós-stress traumático e β-bloqueadores
FACULDADE DE FILOSOFIA
Licenciatura em Psicologia
Processos Psicológicos Básicos II
Perturbação Pós-Stress Traumático e β-bloqueadores
Eduardo Maia Tavares
Curso: Psicologia Docente: Prof. Dr. João Major Turno: Nocturno Regime: Pós-laboral
Braga (10 de Junho de 2012)
Introdução Um indivíduo que vivenciou ou presenciou um acontecimento traumático pode desenvolver quadros clínicos psiquiátricos como Perturbação Aguda de Stress (PAS) e Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST). De acordo com a última edição do Manual Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais Mentais, DSM-IV-TR, o diagnóstico de PPST tem lugar quando: a pessoa experimentou, observou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram morte ou ferimento grave, reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física do próprio ou de outros; o evento traumático deve ser persistentemente reexperienciado na forma de imagens, pensamentos, percepções, sonhos ou recordações angustiantes, intensa reactividade psicológica ou fisiológica podem também estar presentes na lembrança do evento; evitamento persistente de estímulos associados com o trauma e embotamento da reactividade geral devem estar presentes desde o trauma; sintomas persistentes de activação aumentada devem estar presentes desde o trauma; a duração deve ser de pelo menos quatro semanas; e a perturbação causa sofrimento clinicamente significativo no funcionamento social ou ocupacional, ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. A PPST desenvolvese após a ocorrência de um stressor – princípio imprescindível para a génese deste transtorno. Diferentes variáveis têm sido propostas como factores de desenvolvimento da PPST, incluindo características específicas do meio, do tipo e intensidade do stressor, das características da pessoa, no que se refere à sua vulnerabilidade e inabilidade para modular uma reacção inicial. Foi sugerido que a PPST envolve uma série de diferentes