Perspectivas sobre cultivos transgênicos no Brasil
Perspectivas sobre cultivos transgênicos no Brasil
Wellington Silva Gomes1
Aluízio Borém2
Introdução
Desde os tempos mais remotos, o homem tem selecionado, naturalmente, alimentos que lhe são úteis ou interessantes para sobrevivência, de modo a reproduzi-los em diferentes ambientes. Com essa prática, muitas vezes feita de forma inconsciente, características importantes oriundas destas alterações, têm sido preservadas ao longo dos anos em muitos alimentos que hoje compõem nossa dieta. Apesar disso, o melhoramento como é feito nos dias atuais, utilizando o conhecimento científico e tecnológico para obter variabilidades genéticas, iniciou-se apenas no século 20.
Atualmente, com os avanços da biotecnologia, o melhoramento de plantas conta com importantes ferramentas, como a engenharia genética aliada à cultura de tecidos. Com o advento dessas técnicas, os cientistas passaram a incorporar genes oriundos de diferentes espécies vegetais, animais ou microrganismos, de forma controlada no genoma vegetal, de maneira independente dos cruzamentos, eliminando, dessa forma, as barreiras filogenéticas entre organismos.
Com a adoção dessa tecnologia foi possível a obtenção de plantas com caracteríscticas até então não identificas em variedades convencionais, tais como: tomate com amadurecimento tardio; plantas de batata resistentes a viroses e a insetos; plantas de algodão e milho resistentes a insetos e a herbicidas; flores ornamentais com novos padrões de expressão; e plantas de arroz com elevado teor de betacaroteno, precursor de vitamina A.
Apesar das polêmicas que norteiam a comercialização dos transgênicos, o Brasil é o pais que mais cresce em produção e em áreas plantadas de organismos geneticamente modificados no mundo. Por ser o Brasil um país com boa parte da economia relacionada a agropecuária, a produção de produtos biotecnológicos tem sido um fator que proporciona crescimento ao PIB do país.
Comercialização de