Perspectivas para o biodiesel
PERSPECTIVAS PARA O BIODIESEL
NO NORDESTE
Gilson de Queiroz Junior*
Alzir Antonio Mahl**
Resumo
A produção de biodiesel tem sido sempre abordada sob uma perspectiva ampla, mas poucas considerações foram verdadeiramente debatidas em relação à região Nordeste do Brasil, como os impactos de sua regulamentação, gargalos de mercado e tecnológicos e, principalmente, o modelo de negócios apropriado capaz de transformar “boa vontade” em realidade. O objetivo deste artigo é avaliar o lento desenvolvimento da produção de biodiesel na região Nordeste, após a aprovação da Lei Nº 11.097, de janeiro de 2005. Do ponto de vista da metodologia, trata-se de um estudo exploratório. A análise dos dados levantados aponta que os resultados alcançados até o presente momento são ínfimos, as expectativas socioeconômicas e ambientais foram frustradas e a inclusão deste biocombustível na matriz energética local não se concretizou plenamente.
Conclui-se que as potencialidades desta região precisam ser avaliadas sob a ótica de perspectivas de desenvolvimento local, bem como o planejamento setorial seja submetido a melhorias significativas para fortalecer a capacidade organizacional da região, mediante a criação de arranjos produtivos eficientes.
Palavras-chave: Biodiesel. Gargalos tecnológicos. Modelos de negócio. Políticas de mercado. Cadeia produtiva.
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Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Salvador e Mestre em Análise Regional pela Universidade Salvador. Gerente Financeiro da empresa Movitec Brasil. Consultor na área de projetos, com ênfase em energias renováveis e captação de recursos, além de desenvolver projetos de saneamento e tratamento de água. Professor do Centro Universitário Jorge
Amado (Unijorge) e da Faculdade Batista Brasileira (FBB). gilson.queiroz@gmail.com
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Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e Mestre em
Economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Participa do Núcleo de