PERSPECTIVAS HISTÓRICA DA FAMÍLIA
Autores: José Capingala Ventura; Mauel Caso Tungo e Serafim Guaio1 A família constitui a base da estrutura social, onde se originam as relações primárias de parentesco. O conceito de família iniciou-se há mais de 300 mil anos, quando o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar a agricultura e a criar animais. Os homens neste período faziam a maior parte dos trabalhos preocupando-se com a sobrevivência de sua mulher e seus filhos. Em consequência disso, ele passou a ser considerado o chefe da família.
Mas o que é a família? No sentido restrito de grupo conjugal compreende, na civilização ocidental, o homem, a mulher e os filhos, mais ou menos ligados ao conjunto de pessoas que vivem num mesmo alojamento2. Ainda para HENRI e DE LAUWE (s/d: 476) na vida rural, e sobretudo em outras civilizações, este grupo conjugal é menos fácil de distinguir da «comunidade familiar» ou grupo extenso de parentesco, que desempenha aí um papel mais importante. vida urbana e na civilização industrial, o grupo conjugal diferencia-se, porém, cada vez mais nitidamente. Parece desenhar-se uma evolução geral nesse sentido, mesmo, até certo ponto, em países que onde vigorava a poligamia (ibidem). O etnólogo Murdock (Lakatos, 2008:71 ), em 1949 uma definição de família, suficientemente ampla para englobar a maior parte das formas para existirem na história das sociedades. Definindo a família como um grupo social caracterizado pela residência comum, com cooperação económica e reprodução.
1.1. Fundamentos gregos e romanos da família
A família na perspectiva grega é explicada na esteira de pensamento de Aristóteles. Aristóteles (...) preconiza a existência da família nuclear conjugal ligada a uma residência comum, embora com algumas particularidades em relação à época moderna.
A família que, em torno da casa, integrava três tipos de relações elementares ():
Senhor- escravo
A associação marido-esposa
Os laços pais-filhos.
Já na