Perspectivas de Carl Rogers
Carl Rogers é um dos nomes mais importantes no desenvolvimento da chamada Terceira Força em Psicologia. Ele realmente trouxe algo de novo para esta área, pois em meio as idéias dominantes no campo psicológico, que concebiam o ser humano como, regido em parte por seu inconsciente ou sua interação com o meio, Rogers assegurava que toda a responsabilidade da construção do Ser, reside no próprio indivíduo. Ele acreditava em um atendimento psicológico que consistia em uma postura de confiança ao potencial humano de encontrar soluções possíveis para seus próprios problemas. Diante desta perspectiva ele criou uma abordagem esteada sobre aspectos humanistas, existenciais e fenomenológicos, que troxeram uma relevante contribuição ética a psicologia neste âmbito.
Dentro da visão de Rogers o psicólogo assumia a função de facilitador, para que indivíduo pudesse entender suas questões pessoais e enxergar o caminho a ser seguido. Seu atendimento não-diretivo poderia ser comparado a uma caixa de ressonância, em um ambiente sem ameaças onde o indivíduo poderia se ouvir e se compreender. Nesse ambiente o terapeuta abdicava de suas técnicas e noções de diágnósticos pré- concebidas e estabelecia com o próximo uma relação de ajuda, facilitando ao outro o recurso as suas próprias fontes interiores. Ele entendeu que isso era suficiente para desencadear profundas transformações, que no início ele acreditava serem apenas no âmbito individual, mas após algum tempo percebeu que também ocorriam com ao trabalhar com grupos e comunidades. Sua abordagem era uma mais abrangente do que inicialmente ele próprio imaginava que seria e a partir dela se inaugurou um novo modo de ser social e cultural. Rogers classificava sua abordagem como uma revolução silenciosa: sem armas, sem estardalhaços, porém efetivamente transformadora. Dentro de sua postura revolucionária ele chegou a afirmações como:
O saber do psicólogo nada serve;
Existe uma sabedoria que