Perspectivas da religião
Tendo por base a obra de Croatto, podemos dizer que a expressão religiosa esteve presente em todas as culturas e povos. Essa “expressão” compreende todos os registros da atividade humana. É sentida e exposta de várias maneiras sendo então algum tipo de experiência do transcendente, atendendo consequentemente à socialização e à comunicação, tendo caminhos para realizar-se. A fenomenologia da religião parte das expressões religiosas e vai até sua fonte geradora, sendo então, o caminho escolhido pelos estudiosos. Desse modo, pode-se afirmar que a especificidade de cada disciplina, ajuda a compreender o fato religioso em diferentes perspectivas.
Essas diferentes dimensões estão relacionadas, mas não são iguais, como é possível observar:
a) Historiografia: Esta é a base para todas as outras ciências das religiões, pois para esclarecer um fato religioso em qualquer enfoque, é preciso conhecê-lo. Abrange a visão descritiva, analítica e comparativa. A história das religiões é descritiva quando mostra fatos religiosos concretos que foram deixados ou propagados pelo ser humano. Estes podem ser ritos, monumentos, conteúdos, textos, obras de arte e tudo quanto for expressão religiosa. A mesma é analítica quando examina as causas da manifestação religiosa, sua influência sobre outros acontecimentos, seu contexto cultural, entre outros. O historiador também pode comparar a tipologia das religiões, sendo em geral ou apenas em alguns aspectos. Este é o enfoque comparativo. Portanto, o conjunto de fatos religiosos em si mesmos ou comparados enquanto manifestações da cultura humana é o objeto material da história das religiões.
b) Psicologia: A psicologia da religião parte do propósito de que o sentimento religioso é uma elaboração do “eros” básico do ser humano. Esse “eros” pode ser entendido como um impulso inicial e essencial ligado ao desejo e suas satisfações ou frustrações. Esta ciência pode ser explicada por duas vertentes, onde