Perspectiva sociológica para a criminalidade no brasil
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Um grande incômodo da sociedade brasileira é a insegurança perante a criminalidade, realidade incontestável no país com base em dados estatísticos. “Somos, de fato, um dos países mais violentos da América Latina, que por sua vez é a região mais violenta do globo. Em uma pesquisa da Organização das Nações Unidas, realizada com dados de 1997, o Brasil ficou com o preocupante terceiro lugar entre os países com as maiores taxas de assassinato por habitante. Na quantidade de roubos, somos o quinto colocado. A situação seria ainda pior se fossem comparados os números isolados de algumas cidades e regiões metropolitanas, onde há o dobro de crimes da média nacional. São Paulo, por exemplo, já ultrapassou alguns notórios campeões da desordem, como a capital da Colômbia, Bogotá.” (Revista Superinteressante. Rodrigo Vergara. Abril de 2002. < http://super.abril.com.br/ciencia/origem-criminalidade-442835.shtml >) Há uma tendência da sociedade à generalização do crime, taxando os feitores como bandidos e vagabundos e sustentando políticas de combate ao crime baseadas no preconceito social. Tomando por criminalidade qualquer ação fora do padrão normativo legal, mostraremos que não é possível fazer uma teoria geral da criminalidade, pois engloba uma enorme diversidade de motivações que orientam o agente do crime e a exterioridade em que o indivíduo é imerso socialmente.
Muitos pesquisadores já tentaram explicar o crime a partir de teorias biológicas (tentavam encontrar características biológicas como formato do crânio e o código genético, DNA) e psíquicas, mas em sua maioria não são muito prestigiadas porque muitas se embasaram em falsas conclusões preconceituosas. É comum ouvir que a pobreza está diretamente relacionada ao crime e que esta é a motivação do ato, mas num país com considerável parte da população pobre, “50 milhões de indigentes – que ganham menos de 80 reais por mês” .” (Revista Superinteressante. Rodrigo Vergara. Abril de 2002. <