Perspectiva da Reforma Agraria postado
Selma Suely de Oliveira Sarmento
INTRODUÇÃO
Ao considerar o desenvolvimento histórico, tem-se atualmente um período marcado por transformações nos espaços, o que no campo, vem nos mostrar a inserção ou fortalecimento de certas características e uma maior articulação com o urbano.
A formação de grupos e seus aspectos de associação estão intimamente ligados ao desejo de ação coletiva, seja ela voltada a uma ação continuada específica, caracterizada pela duração no tempo e no espaço, seja ela uma ação pontual ou não.
A posse por terras, sempre foi palco conflitos sociais, de lutas, pois deu origem as sagas em busca de suas riquezas e todo o status que permeiam a posse. Há ainda a intervenção orquestrada pelo governo para idealizar a reforma agraria. Assim dentre estas novas características, há o crescimento das ocupações rurais não agrícolas e as múltiplas ocupações da população rural, o que na verdade não tem nada de novo; a mecanização e industrialização do processo produtivo agropecuário; o rural como local de moradia e lazer; a instalação de infraestrutura social como energia elétrica, abastecimento de água, educação, saúde.
Portanto, a partir do século XVIII, o rural e o urbano são apresentados com uma perspectiva dicotômica, como sendo polos opostos, separados e com características antônimas. DESENVOLVIMENTO
A agricultura e o campo perderam espaço diminuindo sua importância para a economia, pois já não mais proporcionavam a rentabilidade semelhante aos setores industriais e urbanos. Dessa forma o campo passou a ser considerado um espaço periférico, atrasado e residual; já o urbano, no qual se encontravam as indústrias, como o moderno e o progresso. (OLIVEIRA & STEDILE, 2005). Essa passagem culminou com a Revolução
Industrial no fim do século XVIII, a qual alterou as estruturas econômicas, políticas e sociais daquela época, que passaram a dar maior ênfase à indústria. Com isso, houve um
boom nos setores industriais