Personalidades Negras
São poucos os dados concretos sobre essa escrava negra, filha de uma princesa bantu. A aldeia dessa princesa foi invadida pelos portugueses e um comerciante português engravidou-a à força, trazendo - a em seguida para o Brasil. Anastácia teria nascido durante a viagem entre a África e o Brasil.
A princesa Anastácia, como era chamada, viveu algum tempo numa fazenda de Abaete, na Bahia, mas foi em Minas Gerias que ela passou a maior parte da sua vida, na fazenda de seu pai.
Ajudando os escravos quando eram castigados, ou facilitando-lhes a fuga. De Anastácia ficou a imagem de uma mulher de grande beleza, personalidade forte, que tinha consciência da injustiça e crueldade da escravidão.
Um dos poucos fatos conhecidos da sua vida traz a marca dessa violência: Por ter-se recusado a ser amante do senhor, e para que não o mais pregasse contra a escravidão, tamparam-lhe a boca com uma mordaça de folha-de-flandres e lhe puseram uma gargantilha de ferro,a partir daí ela passou a comunicar-se através dos olhos.
No imaginário popular, a Escrava Anastácia foi sentenciada a usar a máscara por toda a vida, diz a tradição que Anastácia era uma mulher belíssima e que seu dono apaixonou-se por ela. Como forma de vingança, a mulher dele obrigou Anastácia a colocar a máscara sem jamais tirá-la, quando Anastácia morreu, seu rosto estava todo deformado.
Morreu em 1838, vitima de gangrena em consequência de tortura e maus-tratos. Anastácia torna-se famosa junto à população, por lhe serem atribuídos vários milagres. Seu culto foi oficializado em1968 quando numa exposição da Igreja do Rosário Rio de Janeiro em homenagem aos 80 anos da Abolição,foi exposto um desenho de Étienne Victor Arago representando uma escrava do século XVIII com Máscara de Flandres.
Fonte: Cartilha “Mulher Negra tem História”
Alzira Rufino, Iraci, Maria Rosa, 1987.
Zumbi dos Palmares
Zumbi foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.