Personal Che
Para compreender os detalhes que fazem parte do funcionamento da sociedade e suas relações – e estudando a mesma através deste recorte analítico do documentário “Personal Che” –, cabe o apoio sobre os pensamentos e conceitos de teóricos da Sociologia, como Talcott Parsons. Ao expô-los, pode-se ter um entendimento mais abrangente do que envolve o papel social de um homem como Ernesto “Che” Guevara, e as repercussões diretas na estrutura social, trazidas pelas suas ações.
Primeiramente, em sua teoria Sociológica, Parsons explica que a estrutura social é alicerçada nos elementos da sociedade – sejam estes elementos valores morais, éticos, culturais. Quanto à ação social, esta é dividida em três partes: o ator da ação, a situação e a orientação deste ator quanto à situação. Não obstante, o sociólogo ainda elabora que toda ação é feita na expectativa de uma resposta e, dessa forma, pode-se afirmar que a relação entre esses agentes sociais traz elementos de valor e sentimentos de uma cultura determinada.
Destrinchada brevemente esta teoria sociológica, pode-se afirmar, então, que no decorrer do documentário, é possível ver a força da assimilação do que a imagem de Che Guevara transmite, a partir de depoimentos de integrantes da estrutura social, provindos de diferentes classes sociais.
Como homem da guerrilha, revolucionário, Che transmite uma ideia de herói justo, um “Robin Hood” dos últimos séculos. Suas ações geram respostas, ao longo do tempo, de uma classe de status social que sempre buscou e busca melhores condições de vida, mudanças. São indivíduos que não tiveram acesso efetivo à educação, latinos – em sua maioria. Dai é feita a conclusão do porque que a imagem de Che Guevara, construída por eles, é romantizada e livre de defeitos. Contudo, fica claro que os valores expressos na imagem de Che tem relação direta com aspirações de pessoas de determinado status social, tal qual a estrutura social o confere