Os persas são descendentes de povos indo-europeus que ocuparam o planalto central do atual Irã em meados de 6000 a.C. Formaram o maior império do Oriente Antigo, unificando vários povos do Crescente Fértil, suas fronteiras se estendiam do Mar Mediterrâneo até o Oceano Índico. A partir de 2000 a.C., a região foi ocupada por povos de pastores e agricultores, vindos do sul da atual Rússia, que invadiram o planalto. Os medos fixaram-se ao norte do planalto do Irã, enquanto os persas se estabeleceram na parte sudeste, próxima ao golfo Pérsico. Os primeiros habitantes desse planalto se dedicaram ao pastoreio e, nos vales férteis, desenvolveram o cultivo de cereais, frutas e hortaliças. O sistema administrativo persa foi um dos mais eficientes da Antiguidade Oriental. O Império Persa era governado por uma monarquia absoluta teocrática. Possuía quatro capitais: Susa, Persépolis, Babilônia e Ecbátana. Dario I enfrentou diversas rebeliões dos povos dominados. A fim de combater as rebeliões, Dario I dividiu o Império Persa em vinte províncias denominadas Satrápias, e nomeou sátrapas, altos funcionários reais para administrá-las. O sátrapa era responsável pela arrecadação dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos ele usava para manter a administração e o exército, a outra, ele enviava para o rei. Para evitar traições, Dario I, enviava fiscais reais às Satrápias, conhecidos como “os olhos e os ouvidos do rei”, para fiscalizá-los. Ele também organizou um eficiente sistema de correios e instituiu uma moeda, o dárico, cunhada em prata ou ouro, para facilitar as atividades comerciais. O rei dos persas não era considerado um deus, mas apenas um representante de Deus diante dos homens. Cuidava da administração do país, a partir de grandes capitais como Pasárgada, Babilônia e Susa, deslocando-se muito pouco através do império. Apesar dos conquistadores persas respeitarem os usos e costumes das regiões