Periodo militar
Entre 1968 e 1973: período conhecido como “milagre econômico”, a economia brasileira desenvolveu-se em ritmo acelerado.
Aumentava-se, assim: a taxa de reinvestimento dos lucros em setores que geravam empregos principalmente para os trabalhadores qualificados e excluindo os pobres, o que deu continuidade ao processo histórico de concentração da renda nacional.
É necessário fazer o bolo crescer para depois reparti-lo”. O bolo (a economia) cresceu – o Brasil chegou a ser a 9.ª maior do mundo capitalista (em 2008, segundo o Banco Mundial, o Brasil era a 10ª economia do mundo) e, até hoje, a renda está muito concentrada (em 2007, segundo a mesma instituição, os 20% mais ricos se apropriavam de 58,7% da renda nacional). Enquanto isso: os trabalhadores sem qualificação tiveram seu poder de compra diminuída e ainda foram prejudicados com a degradação dos serviços públicos, sobretudo os de educação e saúde. As soluções encontradas foram desastrosas para o mercado interno de consumo: Arrocho salarial;Subsídios fiscais para exportação (cobrava-se menos impostos por um produto exportado que por um similar vendido no mercado interno); Negligência com o meio ambiente; Desvalorização cambial (a valorização do dólar em relação ao cruzeiro, moeda da época, facilitava as exportações e dificultava as importações);Combate à inflação por meio da diminuição do poder aquisitivo. A consequência dessa medida foi: a redução da competitividade do parque industrial brasileiro frente ao exterior ao longo dos anos 1980. As indústrias não tinham capacidade financeira para importar novas máquinas e, por causa da falta de competição com produtos importados, não havia incentivos à busca de maior produtividade e qualidade