Periodo interbiblico
Esse período teve a duração de aproximadamente 450 anos. Normalmente se faz referência a esse tempo como uma época em que Deus esteve em silêncio para com o seu povo. Nenhum profeta de Deus se manifestou ou, pelo menos, nenhum deixou escritos que tenham sido considerados canônicos.
Vamos examinar a situação da Palestina durante esse período, principalmente no que se refere aos impérios, governos, as relações de Israel com os povos vizinhos e as implicações religiosas e sociais destes elementos.
O IMPÉRIO PERSA - FINAL DO V.T.
O Velho Testamento termina com as palavras de Malaquias, o qual profetizou entre 450 e 425 a.C.. Nesse tempo, a Palestina estava sob o domínio do Império Persa, o qual se estendeu até o ano 331 a.C.. Embora o rei Ciro tenha autorizado os judeus a retornarem do exílio, o domínio Persa continuava sobre eles. De volta à Palestina, o povo judeu passou a ter um governo local exercido pelos sumo sacerdotes, embora não houvesse independência política. Eram comuns as disputas pelo poder.
O IMPÉRIO GREGO - 335 a 323 a.C.
Paralelamente ao Império Persa, crescia o poder de um rei macedônico, Felipe, o qual empreendeu diversas conquistas na Ásia menor e ilhas do mar Egeu, anexando a Grécia ao seu domínio. Desejando expandir seu território, entrou em confronto com a Pérsia, o que lhe custou a vida. Foi sucedido por seu filho, Alexandre Magno, que também ficou conhecido como Alexandre, o Grande, o qual havia estudado com Aristóteles. A mitologia grega, com seus deuses e heróis parece ter inspirado o novo conquistador. Alexandre tinha 20 anos quando começou a governar. Seu ímpeto imperialista lhe levou a conquistar a Síria, a Palestina (332 a.C.) e o Egito. Notemos então que o território israelense passou do domínio persa para o domínio grego.
No Egito, Alexandre construiu uma cidade em sua própria homenagem, dando-lhe o nome de Alexandria, a qual se encontrava em local estratégico para o comércio entre o Mediterrâneo,